Em um dia não tão frio deste inverno nos Estados Unidos, na sexta-feira, 19 de janeiro, cerca de 500 mil pessoas participaram da Marcha pela Vida em Washington, DC.

Este evento anual, cujo lema foi “Love Saves Lives” (O amor salva vidas), foi histórico por várias razões, entre elas, porque marcou o 45º aniversário da marcha e porque contou pela primeira vez com a participação ao vivo de um presidente dos Estados Unidos.

“Quero agradecer a cada pessoa aqui presente hoje, que trabalha com grande coração para assegurar-se de que os pais tenham o cuidado e o apoio que precisam para escolher a vida”, disse o presidente Donald Trump à multidão, a partir da Casa Branca, através de um sinal de satélite.

“Graças a vocês, dezenas de milhares de norte-americanos nasceram e alcançaram todo o potencial que Deus lhes deu... vocês são os testemunhos vivos do lema: ‘O amor salva vidas’”, expressou.

No evento, algumas pessoas compartilharam seus testemunhos pessoais de superação em momentos e gestações difíceis, como a da republicana Jaime Herrera Beutler e sua filha Abigail, de 4 anos, que, para ela, é um “milagre”.

Beutler relatou que, quando estava grávida de Abigail, uma ultrassonografia revelou notícias devastadoras: sua filha não estava desenvolvendo seus órgãos vitais de forma adequada dentro do útero e, provavelmente, morreria asfixiada ao nascer.

Os médicos lhe disseram que não tinha possibilidade de que seu bebê vivesse, uma situação em que alguns pais optam pelo aborto.

“Rezamos, choramos... e, nessa devastação, vimos Deus”, recordou Beutler, que descartou a opção do aborto e, com seu marido, buscou tratamentos experimentais que pudessem dar à sua filha uma oportunidade de viver.

“Através da intervenção divina e alguns médico muito corajosos dispostos a correr riscos, agora podemos desfrutar nossa filha Abigail, que é uma irmã mais velha saudável e feliz, de 4 anos”, agradeceu Beutler.

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Outro testemunho impactante foi o do sacerdote Martino Choi, cuja mãe, quando estava grávida dele, também recebeu o diagnóstico de que o bebê não estava se desenvolvendo de forma adequada e morreria no máximo até um ano depois de nascido.

Os médicos lhe disseram que o aborto a livraria de um sofrimento desnecessário, entretanto, optou pela vida.

“O diabo sabe a quem disfarçar o mal com a mentira de que de algum modo a morte é melhor do que a vida... mas, a morte nunca é melhor do que a vida”, refletiu o sacerdote durante a Missa pela Vida, da qual participaram 200 sacerdotes e 20 bispos.

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Estes testemunhos ressoaram no coração dos participantes da marcha provenientes de diversas partes do país, como Kelly Lambers, uma estudante da Arquidiocese de Cincinnati.

“Foi realmente incrível”, disse a jovem a CNA – agência em inglês do grupo ACI. “Sua mãe não o abortou embora soubesse que não teria tanto tempo de vida, mas agora, olha, é sacerdote!”.

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